terça-feira, 13 de julho de 2010

Não comemore o Dia do Rock




Hoje, dia 13 de Julho, é o Dia mundial do Rock. Não sei se pra você é assim, mas pra mim, é como cantar “Parabéns” pra um Michael Jackson de 60 anos (já que o Rock nasceu preto e hoje é branco e meio gay).
Só na minha vida de rockeiro já vi anunciarem a morte do rock umas 10 vezes. Porém, com toda essa coisa de fim de mundo que falam por aí (e com tanta banda EMO em Manaus e no mundo) acho que agora o Rock virou Zumbi-gay.
Eu sei que não há problema nenhum em afirmar que o rock que essa molecada escuta hoje em dia é uma BELA MERDA. Quando eu era moleque, em meados dos anos 80 e 90, os mais velhos também criticavam e xingavam minhas bandas favoritas. Cresci achando que rebeldia era raspar a cabeça, odiar o mundo e ouvir musica barulhenta, estúpida e ruim. Depois cresci e aprendi que melhor do que ser rebelde é amadurecer. É claro que, até chegar nesse nível, tive que beber muito (e passei a beber melhor!) E ainda continuei ouvindo música barulhenta, estúpida e ruim – só que com um corte de cabelo melhor.
Todas as críticas que recebi (falando mal das minhas bandas favoritas) foram educativas. Ser revoltado na adolescência faz parte do nosso processo evolutivo. Toda essa lenga-lenga (achar que o mundo é uma merda, que ninguém te entende) um dia passa. Depois que a gente cresce, a gente tem certeza (de que o mundo é uma merda), mas aí já tem salário e férias pagas – que a gente usa pra viajar e se sentir adolescente por 30 dias de novo. Funciona na maioria das vezes.
Claro, alguns serão adolescentes pra sempre, revoltados com tudo, tipo o Hugo Chaves, ou o norte-coreano Kim Jong-il, ou o Mahmoud Ahmadinejad. Perde a graça totalmente. Pra mim, Rebeldia tem prazo de validade. E por isso, ajude os EMO’s a crescerem saudáveis. CRITIQUE-OS. Ridicularize as bandas deles, se der, Espanque um deles.
Acredite: no futuro eles irão te agradecer.

*Não, o rock não morreu. Mas mandou avisar que de amanhã não passa.

Um comentário:

  1. Caralho, sintetizou o processo da adolescência em pouquíssimas linhas. E tem gente que escreve teses imensas, hehehe.
    Abraços!

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