Olá, observadores deste Velho Oeste!
A seguir vocês lerão um trabalho do cronista Paulo Victor Telles. Dependendo da avaliação de vocês, ele poderá ser integrado à nossa equipe. Comentem ae!
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Insônia e Neurose, por Paulo Victor Telles
E a insônia bate violentamente…
Novamente…
Você tenta desesperado fechar seus olhos e dormir, entretanto os pensamentos não param de vir aos montes; Pensamentos cujo conteúdo lhe aflige de forma dolorosa e lhe coloca numa melancolia um tanto quando sádica... Maltratando...
E gozando.
E você tenta todas as posições possíveis, embora nenhuma lhe agrade. A cama se transforma num instrumento de tortura. Pega o primeiro livro que encontra em sua cabeceira e olha o título, Crime e Castigo do Dostoiévski, e pensa que se começar a ler justamente esse livro, agora, no desespero de sua insônia, vai enlouquecer e ter idéias tão malucas como Raskólnikov – melhor, SER DOMINADO por essas idéias. Desiste então. Músicas no pensamento... Mahler, Chopin, Jonnhy Cash...
Desiste de novo...
Vai até a cozinha preparar uma xícara de café; Nesse ponto, desiste totalmente de dormir e resolve se entregar ao turbilhão, às idéias que não cessam... À mão trêmula lhe pedindo desesperadamente um minuto que seja de total não existir... Impossível... Já é inimigo de seu corpo. O coração acelerado grita para que você reduza a velocidade; afinal viver assim é arriscado demais.
Mas você diz a ele que essa é única maneira, o único consolo... Viver de forma acelerada. Liga a cafeteira e espera. Percebe que o rosto começa a se contrair de forma involuntária... Seu inimigo... Foda-se o corpo... Fodam-se as idéias. Pega a xícara de café e dá o primeiro gole. Forte. Vai ao sofá. Senta-se. Olha à janela e observa a aurora. Já é tarde demais (ou cedo demais) para dormir. É hora de voltar à vida. Ou ela voltar a você. Merda.
acho que tou vivendo essa crôniiica, que gozaado !!!hahahahah
ResponderExcluirmuiito booom !!